Reportagem: Bianca Gloria.
O Amazonas lidera os estados com as piores taxas de homicídios de mulheres em 2023. A taxa média do estado é de 6,4, seguido por Rondônia com 6,1, e Bahia com 6.
Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, divulgado nessa quinta-feira (18).
A taxa média brasileira é de 3,8, mas apenas 12 estados têm taxas inferiores à média nacional.
De acordo com o anuário, o perfil das mulheres mortas de forma violenta não mudou: elas são negras (66,9%) e com idade entre 18 e 44 anos (69,1%), segundo dados referentes a 2023.
Os números são classificados como homicídio de mulheres e feminicídio.
Segundo a advogada criminalista Mariana Figueiredo, a maior diferença entre os crimes é a motivação. O feminicídio é praticado contra a vítima apenas por ela ser mulher:(Ouça)
Mariana também destaca que em casos de violência contra a mulher é necessário fazer a denúncia para que as medidas judiciais possam ser tomadas:(Ouça)
De acordo com o anuário, no feminicídio, o companheiro da vítima (ex ou atual) é o principal responsável pelas mortes, sendo 84% dos casos.
Já nos demais tipos de Mortes Violentas Intencionais (MVI), o cenário é oposto: em mais da metade das mortes (53,4%) os autores são pessoas desconhecidas da vítima.
As taxas de homicídios de mulheres chamam atenção para a falta de segurança das mulheres tanto dentro quanto fora de casa.
As menores médias foram registradas em São Paulo com 1,9, Santa Catarina 2,8 e Minas Gerais, que teve 3,1.