O governador do Amazonas, Wilson Lima, decretou situação de emergência em saúde pública por causa da estiagem severa. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (28) durante reunião na sede do governo, na Compensa.
O governador rebateu o governo federal e afirmou que pede ajuda para combater os incêndios desde abril por meio de ofícios encaminhados a ministérios, inclusive o de Meio Ambiente e Mudança Climática da ministra Marina Silva.
Ele classificou a nota do governo federal alegando que os pedidos de ajuda não foram feitos fora da realidade. No início de julho, segundo o governador, o estado já havia proibido o uso de fogo para limpar terrenos, o que foi feito pelo governo do Pará nesta terça-feira.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, afirmou que mais de 90% dos focos de incêndio estão localizados no Sul do Amazonas em terras de responsabilidade federal.
Por causa da piora da qualidade do ar, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) suspendeu nesta quarta-feira as aulas presenciais em Manaus.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que os focos de incêndio registrados no Amazonas até o dia 28 superam em 50% todos os focos registrados no mesmo mês do ano passado.
Além dos incêndios, o estado sofre com estiagem severa que já atinge mais de 300 mil pessoas no interior do Amazonas dificultando o transporte de insumos e alimentos.
Da redação.