O Amazonas está entre os três estados com menor porcentual em acessibilidade para cadeirantes do país. Apenas 5,6% das vias possuem rampas de acesso.
O número deixa o estado na terceira pior posição do ranking do Censo Demográfico 2022, divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Manaus, a capital, exemplifica essa realidade, onde calçadas estreitas, rampas quebradas e falta de infraestrutura adaptada dificultam a locomoção de cadeirantes.
Realidade vivida pelo Cláudio Junior que relata um episódio ao tentar acessar o Teatro Amazonas, um dos principais pontos turísticos da cidade.
Outro destaque negativo está relacionado a presença de calçadas com rampa para cadeirantes em trechos de vias com estabelecimentos de ensino que conta apenas com 16,9%.
O arquiteto e urbanista, Kleyton Marinho, afirma que é preciso iniciativas para melhorar esta condição, pois a realidade cotidiana ainda é muito desafiadora.
A pesquisa do IBGE revela ainda que com mais 4 milhões habitantes, apenas 239 mil pessoas têm acesso a rampas na calçada do lar.
Segundo a titular da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEPcD), Selma Trindade, o Governo do Amazonas estuda o alinhamento com demais órgãos para melhorar a estrutura pública das vias.
Outro estudo recente do Centro de Liderança Pública-CLP mostra que o Amazonas vem alcançando o topo do ranking, nos últimos 10 anos, com a pior infraestrutura do Brasil.
O Amazonas só perdeu para o Pará, estado vizinho na região Norte.
Por Tawanne Costa.