O câncer de pulmão deve atingir 370 novos casos no Amazonas até o fim de 2025, segundo projeção do Instituto Nacional de Câncer, o INCA.
A principal causa é o tabagismo, que responde por cerca de 85% dos diagnósticos da doença.
O câncer de pulmão é o segundo mais comum no estado, e só fica atrás do câncer de próstata entre os homens.
E o cenário é preocupante: estima-se que mais de 18% da população adulta do Amazonas seja fumante, um dos índices mais altos do país.
A médica oncologista, doutora Najla Pinheiro, ressalta que além de registrar números altos, o estado ainda sofre com a escassez de profissionais especializados:
A interrupção do tabagismo, mesmo após anos de consumo, pode reduzir significativamente o risco de desenvolver câncer de pulmão. Estudos indicam que, após 10 a 15 anos de abstinência do tabaco, o risco de desenvolver câncer de pulmão diminui para níveis semelhantes aos de pessoas que nunca fumaram.
Embora o tabaco seja o principal fator de risco, responsável pela maioria dos casos, outros fatores, como exposição a agentes químicos, radônio, poluição do ar e até mesmo fatores genéticos, também podem contribuir para o desenvolvimento da doença em não fumantes.
Foi o caso do empresário Nelson Pinheiro.
Ele descobriu uma mancha no pulmão no período da pandemia, que foi confundida com uma sequela de Covid.
Nelson só teve o diagnóstico anos depois.
A médica oncologista explica que, nos estágios iniciais, o câncer de pulmão pode não apresentar sintomas ou se confundir com doenças respiratórias comuns, como uma tosse persistente ou falta de ar.
Os tratamentos variam conforme o tipo e estágio da doença, podendo envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo, que atacam diretamente as células tumorais.
Por Cindy Lopes.