O Acre vive uma situação crítica desde o início de fevereiro. Além de sofrer com os efeitos da pandemia do coronavírus, o estado também passa por um momento dramático com as enchentes, surtos de dengue e crise imigratória.
Na terça-feira (16), o governador do Acre, Gladson Cameli, decretou situação de emergência devido à cheia dos rios citando cidades como a de Cruzeiro do Sul.
Chegando a marca de 14,31 metros nesta sexta-feira (19), o Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, registrou a maior cheia já vivenciada pelo município desde 2017, quando atingiu a marca de 14,27 metros. A cota de alerta do rio é de 11,80 e a de transbordo é 13 metros.
A situação dos rios em todo o Acre está sendo monitorada pela Coordenação Estadual de Defesa Civil, que divulgou também nessa sexta-feira um relatório com dados atualizados sobre as últimas medições, número de famílias desabrigadas, bairros afetados e ações realizadas pelos órgãos e instituições do governo que vem trabalhando para amenizar os efeitos da enchente.
Só em Cruzeiro do Sul foram 1.175 famílias desalojadas; 179 famílias desabrigadas; 25 famílias direcionadas ao aluguel social. A Defesa Civil estima que 28.335 famílias são atingidas direta e indiretamente pelos alagamentos. Veja o relatório completo da Defesa Civil: Boletim da Sala de Situação 006
A previsão ainda é de muita chuva até meados de março. No momento, o Acre está sob alerta laranja do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A possibilidade é de mais de 100 milímetros de chuva por dia e risco de mais alagamentos, deslizamentos e transbordamentos.
Da redação com informações da Agência Acre, Agência Brasil e Defesa Civil
Foto: Marcos Vicentti/Secom