Nos seis primeiros meses deste ano, noventas pessoas morreram em acidentes de moto, no Amazonas.
A quantidade é 36% maior que o total de mortes ocorridas no mesmo período do ano passado, quando 66 motociclistas foram a óbito.
Os dados são do Detran Amazonas.
Segundo o órgão, o número também cresceu devido ao aumento da utilização da motocicleta nos serviços delivery, alavancados pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
O mecânico André Nogueira, diz que sofreu um acidente de trânsito envolvendo moto.
“Eu estava atrás de uma caçamba e quando ela foi para a esquerda para entrar uma garagem, por pouco não foi em minha direção e me atingiu”, disse
Ao mesmo tempo em que oferecem praticidade e agilidade, as motos também pedem um comportamento dos condutores em que a atenção e o respeito às regras de trânsito devem ser prioridade.
No ano passado, o governo gastou 1 milhão de reais com atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito. A cada dez atendimentos por acidente de trânsito feitos em hospitais do SUS, oito são envolvendo motociclistas, segundo o Ministério da Saúde.
O Secretário executivo Adjunto de Urgência e Emergência, Moab Amorim, fala as sequelas da imprudência no trânsito.
“O custo humano é muito elevado do que a parte financeira que acaba sendo mais acentuada na conversa. O custo humano é ‘dez mil vezes’ maior. Os traumas para as famílias, as sequelas graves para os pacientes que nunca mais vão voltar a trabalhar ou falar”, afirmou o Secretário.
Os cuidados ao conduzir motocicleta podem ajudar a reduzir os acidentes e, principalmente, as mortes no estado.
Entre os habilitados para pilotar motocicletas no Brasil, os homens são maioria com 69%, segundo dados da Abraciclo.
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Reportagem: Gabrielle Moura
Foto: Waldyr Silva; Reprodução Internet